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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sussurradores de poesias na ufal

               No dia 15 de junho de 2011 realizamos na UFAL os sussurradores. Este projeto surgio da disciplina de Literatura Infantil, no qual a orientadora da disciplina nos apresentou o manisfesto dos sussurradores e nos apaixonamos pelo projeto, ele surgio com o grupo francês Les Souffleurs, a experiencia de participar é muito fatástica, é um ótimo trabalho para ser realizado com as crianças. Fomos convidadas para realizar os sussurradores na semana de pedagogia e o convite foi aceito, aguardem !!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Manifesto dos Sussurradores de Poesia

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece…
(Fernando Pessoa)

Os sons mais característicos do mundo atual são, de fato, barulho, ruído.
Esta inquietude em face do que ouvimos está cada vez mais forte e inspira a arte contemporânea através de propostas que incorporam ao sentido da visão a experiência auditiva. Não raro, essas experiências remetem aos dos sons da cidade, à velocidade, à dificuldade de comunicação, à superposição de vozes, ao grito… ao incômodo.
A arte nos diz: o som é uma dimensão que já não sabemos habitar. A ausência de som, nossa utopia.
Há quem diga que os novos sinais de riqueza se mostram através da posse do tempo, do espaço e do silêncio. Os sons nos empobrecem?
Ainda temos a música e a palavra (bem) falada.
A palavra ao ouvido – o sussurro – é a nossa escolha. Gostamos deste espaço intermediário entre o som e o silêncio, onde estes extremos se tocam.
Inspiramo-nos no grupo performático francês Les Souffleus (literalmente, Os Sopradores), que realiza intervenções em várias cidades do mundo sussurrando fragmentos de textos poéticos e filosóficos no ouvido das pessoas, numa tentativa de desaceleração do mundo.
“Comandos Poéticos” é a performance mais famosa dos Les Souffleurs e foi apresentada na cidade de São Paulo, na Virada Cultural de 2009, quando sussurraram poesia em praças e bibliotecas.
Como o grupo Les Souffleus, usamos um tubo para sussurrar os textos. Optamos por reaproveitar tubos de papel que, na nossa proposta, se tornam um objeto lúdico, belo e que recupera o gosto das brincadeiras simples de antigamente.
Propomos-nos a usar a poesia como delicado presente, que se leva da boca ao ouvido. Começaremos pelas crianças, elas que estão sempre mais atentas e abertas. Queremos brincar de, por um instante, silenciar o mundo como um poema. E que elas sigam com a idéia.
Aos poucos, vamos incluindo outras gentes que se disponham a interromper a tagarelice do mundo com segundos de poesia.

por Giselly Lima da Tramadaletra

Fonte : http://coisario.wordpress.com/2009/12/

sábado, 11 de junho de 2011

PNBE - Programa Nacional de Biblioteca da Escolas

           O PNBE tem promovido o acesso à cultura e o incentivo à formação do hábito da leitura nos alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência. Foi criado em 1997, mas vem se modificando e se adequando à realidade e às necessidades educacionais. Sob a gestão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem recursos financeiros originários do Orçamento Geral da União e da arrecadação do salário-educação.

          O PNBE atende, em anos alternados, à educação infantil e ao primeiro segmento do ensino fundamental e ao segundo segmento do ensino fundamental e ensino médio. As obras distribuídas incluem textos em prosa (novelas, contos, crônica, memórias, biografias e teatro), obras em verso (poemas, cantigas, parlendas, adivinhas), livros de imagens e livros de histórias em quadrinhos.

Referencia

sábado, 28 de maio de 2011

"Os livros como mestres" da autora Tereza Colomer

                Segundo Colomer “ler se aprende lendo” e atualmente as literaturas infantis tem criado as competências leitoras antes mesmo delas chegarem as escolas. Esses textos estão vindo com narrativas cada vez mais inovadoras e tem ensinado a ler literatura, servindo como um andaime pelos quais sobem os meninos e as meninas nesse processo, facilitando a leitura, como um corrimão numa escada.
                O leitor moderno, deste séc XXI, trata – se de um leitor atual do ponto de vista social, pois são novos valores  numa nova sociedade e a literatura infantil está acompanhando todas essas mudanças trazendo novos cenários, diferentes ações dos personagens, diferentes tipos de finais.  

domingo, 22 de maio de 2011

Roda De leituras

            Essas rodas de leituras são momentos em que as pessoas se reúnem para ler e comentar as leituras feitas, sob a coordenação de um orientador, no caso, o professor. Os leitores se reúnem em determinados espaços e horários e, mediados por um orientador de leituras,desenvolvem atividades de escuta e leitura de narrativas, poemas, notícias, textos teatrais e outros, seguidas de observações e comentários dos participantes sobre o autor, o material lido, as relações deste com outras obras e com a realidade etc. As atividades de leitura estão organizadas, de forma a desenvolver habilidades de leitura antes, durante e depois da leitura (SOLÉ, 1998) , orientadas pela concepção de leitura, não apenas como decodificação, mas comocompreensão, interação entre texto e leitor e como réplica ao discurso do autor.

          Alunos do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas, orientados pela professora Giselly Lima, trabalham com rodas de leitura de literaturas infantís, para que se possa formar furturos orientadores nas escolas , levando seus alunos a um relacionamento maior com os livros e saiba indicá-lo de modo que crie o desejo de ler no outro que escuta.



sábado, 14 de maio de 2011

Estratégias de leitura

Isabel Solé, professora do departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação na Universidade de Barcelona, na Espanha ,traz em seu livro "Estratégias de Leituras" que formar leitores autonomos  também significa, formar leitores capazes de aprender a partir dos textos, questionar seu conhecimento e modificá - lo , assim o ensino de estratégias de compreeenção contribui para dotar os alunos  de recursos necessários para aprender  a aprender, mas,  como diz Solé (1998, p. 73) é  fundamental estarmos  de acordo que o que queremos não são crianças que possuam amplos repertórios  de estartégias, mas que saibam utilizar as estratégias  adequadas para a compreenção do texto. Segundo a autora há algumas questões que o leitor deve formular, cuja resposta é necessária para compreender o que lêm:

  • Compreender os propósitos- que tenho que ler? para que tenho que lê-lo?
  • Apontar e ativar os conhecimentos prévios relevantes - que sei sobre o conteudo do texto ?
  • Dirigir a atenção ao fundamental - qal a informação essencial proporcionada pelo texto? que informações posso considerar pouco relevate?
  • Avaliar a consistencia interna do conteùdo - este texto tem sentido?entende-se o que quer exprimir
  • elaborar e provar inferencias de todos os tipos - , como interpretações , hipóteses, previsões e conclusões

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Transmissão dos contos de Fadas.

    Antigamente a transmissão dos contos de fadas era oral, devido a muitos iletrados que viviam na zona rural.Com o surgimento de escolas abertas a todos e a transferência de famílias para os centros urbanos, o velho hábito de contar histórias correu o risco de desaparecer. Os escritores começaram a coletar as narrativas orais para registrá-las no papel, para que não fossem esquecidas.
    Com o passar do tempo muitas dessas historias se modificaram, mas nunca deixaram de distrair, encantar e até mesmo assustar crianças do mundo inteiro, que as ouviam boquiabertas de seus avós.
    Hoje sua magia ressurge quando os pais as leem para os filhos, ou quando um filme como Branca de Neve e os sete anões, fascina a família inteira.Hoje em dia é menos comum encontrar quem conte histórias oralmente, porém um bom narrador ainda consegue encantar seus ouvintes.Na falta dele, sempre podemos ler contos de fadas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Relação entre os textos das autoras : Maria do Rosário Mortatti e Teresa Colomer

         Fazendo a análise de seus textos podemos perceber que as autoras concordam que o gosto pela leitura só se dá pela própria leitura  e que  se deve deixar o aluno buscar seus próprios textos no qual gostam, mas nem sempre pode ser assim, pois terá um certo momento em que o professor deverá intervir nesse processo de leitura do educando.
         Mortatti diz que  a aprendizagem é composta por uma fase não expontânea  que pressupõe uma  intervenção intencional e construtiva , Teresa Colomer também dá uma grande importância ao papel do professor nessa dinâmica, dizendo que ele precisa expandir o desejo do aluno, despertar novos desejos, fazer com que o aluno se sinta motivado a buscar outros tipos de textos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sugestões de leituras

A Bolsa Amarela da autora Lygia Bojunga
       É um clássico da literatura infanto-juvenil. Clássico é aquele livro que nunca sai de moda e se consagra aos pouquinhos, como obra prima de um escritor, assim aconteceu com o A Bolsa Amarela um dos livros mais premiados de Lygia Bojunga , quem lê nunca mais esquece a história de Raquel, uma menina  que esconde em sua bolsa amarela três grandes vontades: a vontade de crescer, de ser garoto e a de ser escritora. Este livro foi lançado a mais de 20 anos, e até hoje todo mundo vibra com Raquel e suas histórias.È um livro que recomendamos sem duvida de que você vai amar lê-lo.
Contos de Estimação dos autoras(es) Sylvia Orthof, Erico Veríssimo, Silvio Romero, Adriana Falcão e Ruy Castro
Sabe por que as histórias reunidas neste livro foram chamadas de “contos de estimação”? Por que em todas elas aparecem bichos - e quase todo mundo tem, teve ou ainda vai ter um bichinho  de estimação . Qual é o seu?
Nestes contos os bichos podem  falar agir e sentir como se fossem pessoas , é o caso de três porquinhos que vão ao cinema, do primeiro gato que veio morar no Brasil, do cachorro que queria ter um dono e da galinha que não queria ser dona de ninguém, a não ser da sua própria vida , leiam!!!!  Vocês vão se divertir muito com eles.

 

 Menina Bonita do laço de fita  da autora Ana Maria Machado

           Uma história de uma menina que é tão bonita que deixa um coelho apaixonado. um dos livros mais premiados e traduzidos da obra de Ana Maria Machado.
           O livro faz muito sucesso e foi traduzido em vários países onde, evidentemente, foi encontrando leituras ideológicas distintas e variadas. Na América Latina, região acostumada a misturas e mestiçagens, teve a honra de ser recomendado e incluído em premiações e seleções de melhores obras na Venezuela, na Colômbia e na Argentina.


                “Bisa Bia,Bisa Bel” da autora Ana Maria Machado

Bisa Bia,Bisa Bel Conta uma bela  história que começa quando uma menina encontra uma fotografia antiga .
 O livro é cheio de lances divertidos, envolventes, emocionantes. Como todo mundo tem família , parece que a história se passa com agente .
Ficamos íntimos dos personagens. Temos a impressão de que o que acontece nas paginas do livro acontece na nossa vida.

                                        O Menino Maluquinho
  O maior sucesso editorial de Ziraldo criou vida própria, e hoje faz parte do imaginário brasileiro.
Apresenta as histórias e invenções de uma criança alegre e sapeca, "maluquinha". São cartuns e atividades que descrevem liricamente o sabor da infância.

O livro se tornou um sucesso, tendo vendido até dezembro de 2006 mais de dois milhões e meio de exemplares, sendo conhecido por inúmeras crianças, servindo de inspiração para uma peça, filmes , teatros e uma série de tv de mesmo nome. Também é utilizado por algumas escolas no incentivo à leitura.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Texto: Andar entre livros de Teresa Colomer

                    


     Teresa Colomer é formada em filologia hipônica e filologia catalã e doutora em ciências da educação. Publicou mais de 150 livros e artigos sobre a literatura infantil e juvenil e sobre o ensino da leitura e da literatura, um espaço de três dimensões interrelacionadas que suas obras contribuíram para que fosse estabelecido.Suas publicações obteve vários prêmios como o Rosa Sensa de pedagogia e em 1990 o premio Cecília Meirelles.O melhor livro ortografico de literatura infantil e juvenil em 2004 entre outras tantas obras.
 
O texto de Teresa Colomer andar entre livros discorre sobre a leitura literaria na escola. Teresa propõe um modelo de pensar e de organizar a leitura de livros em quatro modos diferentes que se  crusam entre si, são eles: Ler,Compartilhar,Expandir e interpretar.

       Ler Sozinho- a leitura de livros faz a competência literária de meninos e meninas progredir grande-mente. Por isso sempre acreditou-se que ler se aprende. Alguns poucos livros quando bem lidos revela um bom companheiro no aperfeiçoamento da leitura e a leitura de textos extenso relembra a qualidade de um bom leitor.
      Ler com os demais- o espaço compartilhado de leitura em grupo,de discussão coletiva em pequenos grupos de leituras,grupos de estudo etc. Está ganhando terreno e parece uma das vias mais interessantes para a fermentar a conciência de pertencer a uma comunidade.
     Expandir- A leitura faz parte de qualquer tarefa escolar, através de um romance histórico que acompanha um tema de estudo sociais, a coleção de poemas e jogos de literatura em sala de aula como um desafio construído.
       Interpretar- Ler com os especialistas é algo que um leitor de literatura deseja fazer durante toda a vida. A aprendizagem escolar está centrada no espaço pela construção pessoal do sentido. Podemos imaginar por um momento como faixa de situação de um espaço intermediário entre o efeito imediato da leitura pessoal e o acesso ao conhecimento de saberes exteriores. Portanto percebe-se que ler pode ser uma tarefa desde que o leitor tenha interesse pelo conteúdo lido.
       
Bibliografia:

     COLOMER, Tereza.Andar entre livros.Editora produções perírópolis LTDA.2008
             

Texto: Leitura e Formação do gosto de Maria do Rosário Mortatti

    De acordo com o texto de Mortatti, lendo aprendemos a gostar de ler,de termos satisfação pela leitura e  aprendemos a formar nossa própria opinião sobre a leitura.O gosto pela leitura surgi com o tempo e também com o espaço em que vivemos.
    As escola tem mostrado a necessidade de incentivar a leitura pelos alunos,por isso são elaborados programas para incentivar a leitura em sala de aula.Segundo Mortatti ao escolher dos livros de literatura devemos levar em consideração o gosto dos alunos,pois o alunos tem contato desde muito cedo com texto, mesmo fora do espaço escolar já trazer consigo a formação de leitor.
    A leitura e a literatura são forma de conhecimento.A leitura supõe a decodificação e propõe a imersão no contexto social da linguagem.Caracteriza-se o texto literário,em particular a Literatura Infantil,por um determinado tipo de trabalho lingüístico.
    Ler ajuda a desenvolver as funções psicológicas,a desenvolver o pensamento abstrato,o que pode auxiliar na aprendizagem de todas as disciplinas.Aprendemos a conhecer os conteúdos através da leitura.Com isso o texto literário passa a se  parte integrante da disciplina,estudando sua especificidade.
    O texto literário mexe com a fantasia,com a imaginação contribuindo para uma relação entre situações reais e situações de pensamento.Através imaginação atingimos o prazer máximo.
    A leitura deve se levada para sala de aula,para despertar nos alunos o sabor de ler, por isso o professor tem que lê para os alunos, expondo sua leitura e seu gosto fazendo com que os alunos tenham o desejo de ler.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Conto O compadre da morte.

   Diz que era uma vez um homem que tinha tantos filhos que não achava mais quem fosse seu compadre.Nascendo mais um filho,saiu para procurar quem o apadrinhasse e depois de muito andar encontrou a Morte,a quem convidou. A Morte aceitou e foi a madrinha da criança.Quando acabou o batizado,voltaram para casa e a madrinha disse ao compadre:
   -Compadre!Quero fazer um presente ao meu afilhado e penso que é melhor enriquecer o pai.Você vai ser médico de hoje em diante e nunca errará no que disser.Quando for visitar um doente me verá sempre.Se eu estiver na cabeceira do enfermo,receite até água pura que ele ficará bom.Se eu estiver nos pés,não faça nada porque é um caso perdido.
   O homem assim fez.Botou aviso que era médico e ficou rico do dia para a noite porque não errava.Olhava o doente e ia logo dizendo:
   -Este escapa!
   ou então:
   -Tratem do caixão dele!
   Vai um dia adoenceu o filho do rei e este mandou buscar o médico,oferecendo uma riqueza pela vida do príncipe.O homem foi e viu a Morte sentada nos pés da cama.Como não queria perder a fama,resolveu enganar a comandre e mandou que os criados virassem a cama,os pés passaram para a cabeceira e a cabeceira para os pés.A Morte,muito contrariada,foi-se embora, resmugando.
   O médico estava em casa um dia quando apareceu sua comadre e o convidou para visitá-la.
   -Eu vou,disse o médico-Se você jurar que voltarei!
   -Prometo,disse a morte.
   Levou o homem num relâmpago até sua casa.
   Tratou-o muito bem e mostrou a casa toda. O médico viu um salão cheio de velas acesas,de todos os tamanhos,uma já se apagando, outras vivas.Perguntou o que era:
   -É a vida do homem.Cada homem tem uma vela acesa.Quando a vela sa acaba,o homem morre.
   O médico foi perguntando pela vida dos amigos e conhecidos e vendo o estado das vidas. Até que lhe palpitou perguntar pela sua. A Morte mostrou um cotoquinho no fim.
   -Virgem Maria! Essa é que é a minha? Então eu estou morre-não-morre!
   A morte disse:
   -Está com horas de vida e por isso eu trouxe você para aqui como amigo,mas você me fez jurar que voltaria e eu vou levá-lo para morrer em casa.
   O médico quando deu acordo de si estava na sua cama rodeado pela família.Chamou a comadre e pediu:
   -Comadre,me faça o último favor.Deixe eu rezar um Padre-Nosso.Não me leves antes,jura?
   -Juro-promrteu a morte.
   O homem começou a rezar :Padre-Nosso que está no céu...E calou-se.Vai a Morte e diz:
   -Vamos,compadre,reze o resto da oração!
   -Nem pense nisso,compadre!Você jurou que me dava tempo de rezar mas eu não expliquei quanto tempo vai durar minha reza.Vai durar anos e anos...
   A Morte foi-se embora,zangada pela sabedoria do compadre.
   Anos e anos depois, o médico,velhinho,ia passeando na sua grande propriedade quando reparou que os animais tinham furado a cerca e estragado o jardim,cheio de flores. O homem,bem contrariado,disse:
   -Só queria morrer para não ver uma miséria destas!...
   Não fechou a boca e a Morte bateu em cima,carregando-o.
   A gente pode enganar a Morte duas vezes mas na terceira é enganado por ela.

Conto O sapo com medo d'água

  Na beira do brejo,tomando sol, estava um sapo grandão.
  De repente,sem perceber,o sapo foi agarrado por dois meninos que começaram a falar:
  -Mas olha que bicho feio!
  -Olho grande,todo inchado.
  -Bicho assim nem devia viver.
  -Vamos fazer um favor para a natureza e matar este bicho feio.
  Foi aí que o sapo começou a falar:
  -Olha,não façam isso comigo.Não fiz nada para vocês.Não me matem.
  -Fica quieto bicho feio.Cala a boca.
  -Sabe o que temos que fazer?Vamos jogar este bicho feio no meio do espinheiral.
  -Rá,rá,rá!!!-Começou a rir o sapo.Espinhos nem furam o meu couro.Podem me jogar.
  -Então,vamos jogar você nas pedras.
  -Rá,rá.rá!!!E desde quando pedra me machuca?
  -Ora essa,então nós vamos te espertar com uma faca.
  -Rá,rá,rá!!!Do jeito que meu couro é duro,é bem capaz de quebrar a faca.
  -Ah é! Então,vamos te jogar na água,aqui no brejo mesmo.
  Ai o sapo começou a tremer e disse:
  -Não,na água não.Não me joguem na água que não sei nadar.Na água não,por favor.Não façam esta maldade.
  Os meninos ficaram felizes com isso.Pegaram o sapo por uma perna e o atiraram no meio do brejo,rindo a valer.O sapo afundou e veio à tona rindo de boca aberta.
  -Enganei vocês,enganei vocês! Eu sou bicho d'água,nasci na água e sei nadar.
  E foi embora deixando os meninos furiosos e com caras de tacho.
  "Entrou por um pé de pinto,saiu por um pé de pato.EL Rei,meu senhor,que me conte quatro."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os contos de Fada

     Há contos de fada no mundo inteiro,muitos são antiquissimos. No entanto,se são antigos,também se renovam constantemente.Sempre que alguém diz-ou escreve- "era uma vez"...,um conto de fada ganha vida,como se nunca tivesse sido narrado.
     De certa forma os contos de fadas se parecem com os sonhos:vão surgindo,de imagem em imagem, de cena em cena,com a mesma rapidez mágica,e transportam o leitor para lugares onde tudo pode acontecer.
     Ao cruzar a fronteira "Era uma vez"...,entramos num mundo em que,como nos sonhos,a realidade se transforma.De repente os animais falam e,como o Gato de Botas,ainda são muito mais esperto que os humanos.
     Os contos de fadas reúnem elementos vitais,eternos,mágicos,que tem o dom de transformar uma abóbora em carruagem ou de fazer uma princesa dormir cem anos; No plano da imaginação basta pensar em algo para concretizá-lo.
     Os contos de fadas continuam sendo tão apreciados porque nos falam diretamente á imaginação e ao coração.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Texto Tchau de Lygia Bojunga

       Lygia Bojunga Nunes é autora de literatura infantil e juvenil. Em 1982, torna-se a primeira autora, fora do eixo Estados Unidos-Europa, a receber o Prêmio Hans Christian Andersen, uma das mais  relevantes premiações concedida para o gênero infantil e juvenil. Funda, em 2002, a Casa Lygia Bojunga, exclusivamente para editar suas publicações. Pelo conjunto de sua obra, em 2004, ganha o Astrid Lindgren Memorial Award, prêmio criado pelo governo da Suécia, jamais antes outorgado a um autor de literatura infantil e juvenil. Sua produção literária caracteriza-se pela transgressão de fronteiras entre a fantasia e a realidade, e aborda questões sociais contemporâneas com lirismo e humor.

        Em seu Livro intítulado com Tchau, ela traz uma história de uma mãe de família que acaba indo embora de casa por estar apaixonada por outro homem , mas antes de decidir ir embora com outro homem, essa mãe tem algumas conversas com sua filha que por sinal ainda é uma criança, seu nome é Rebeca  e ela convive com momentos tensos  e de angustias por saber que sua mãe irá embora. Após discutir o assunto com seu esposo e dizer que vai embora, ele fica triste e com raiva. Rebeca prometeu ao pai que não deixaria sua mãe dizer thau para eles. Ela pedi muito para sua mãe não ir embora, mas de nada adiantou. Então tenta apenas confortar seu pai dizendo que não conseguiu cumprir o que prometeu, mas ela não dexou a mãe levar a mala  e por isso ela voltaria.
      Podemos pereber que a autora procura fazer uma ruptura de tabus  temáticos como por exemplo a separação dos pais  e que muitas vezes não é dito ou explicado a criança o que se está acontecendo.O texto também traz uma reflexão sobre relações humanas, além de trazer um novo tipo de final positivo, não com  desaperecimento do problema mas como aceitação vital por parte do protagonista , que aprendeu a conviver com ele.

Referência Bibliográfica :
NUNES, Lygia Bojunga.Thau.Rio de Jeneiro: Agir. 2002.


quinta-feira, 10 de março de 2011

"Literatura Infantil",quando e como surgiu no Brasil?

  
   Regina Zilberman é  Licenciada em Letras pela UFRGS, doutorada em Romanística pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e fez pós-doutorado em Rhode Island, nos EUA. É uma das maiores especialistas em literatura infanto-juvenil. Aborda em seu livro: A literatura infantil na escola, o surgimento da Literatura infantil no Brasil no qual estaremos a discutir.

      Conforme Zilberman, no final do século XIX,o Brasil estava mudando de regime político: a monarquia estava sendo substituída pela República (1889 ).O país estava progredindo,a população aumentando, as variedades culturais e étnicas se exprimindo. A grande diferença situava-se na nova conformação da sociedade marcada pela ascenção de uma classe média,essa classe média responsabiliza-se doravante pelas mudanças ocorridas no país, e em nome dela revoluções, avanços e retrocessos acontecem.O aparecimento dos primeiros livros para crianças imcorpora-se a esse processo, porque atende as solicitações indiretamente formuladas pelo grupo social emergente.O mercado começa então a requerer dos escritores a necessária prontidão para atendê-lo, mas como ainda não se escreviam livros para crianças na nossa pátria não tinham uma referência. Segundo a escritora, o jeito foi então apelar para as seguintes saídas : traduzir obras estrangeiras ,adaptar para os pequenos leitores obras destinadas originalmente aos adultos, entre outras, essas soluções não foram inventadas pelos brasileiros e é por isso que se explicita pela primeira vez com a lei de Lavoiser que nada se cria mas tudo se transforma.
  
    Os escritores brasileiros seguiram a escrever ou traduzir obras     extrageiras, mas acabaram inventando a nossa própria literatura brasileira, podemos destacar Monteiro Lobato,autor que, no início doséculo XX, renovou a literatura brasileira ao criar personagens que, até hoje, fazem parte do imaginário   de muitas crianças.


Bibliografia:
A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global, 2003. ZILBERMAN, Regina.